A reunião foi iniciada às
13h40min, por falta de quórum.
Ao completarmos o quórum de 13
pessoas, o Reitor propôs antecipar a reunião de 15h, já que a primeira, que
estava marcada para 13h e era para alteração do Estatuto, exigia quórum de 2/3,
16 conselheiros, e não havia este número. Não havia nenhum representante do Colégio de Dirigentes neste dia, nem
os 4 titulares, nem os 4 suplentes.
O conselheiro William C. colocou
em questão o fato de começarmos uma reunião que estava marcada para 15h.
Questionou também o fato de as reuniões terem o tempo máximo de 2h, como
aprovado na reunião de 27-3, em que o Conselheiro não estava presente, já que o
Regimento Interno do Consup prevê reuniões de até 4h.
Vários conselheiros disseram que
o que está previsto no Regimento é o tempo máximo e que reunião de 2h não fere
esta regulamentação.
O Conselheiro Tarcísio defendeu
que começássemos, por conta da discussão que aconteceu no dia anterior. Propôs,
ainda, que se observe, na convocação das reuniões, que a primeira reunião não
seja a de alteração do Estatuto.
Após longa discussão, com
manifestações de alguns conselheiros dizendo que este ponto havia sido
discutido e votado no dia anterior, o Reitor considerou aberta a primeira sessão
e verificou insuficiência de quórum. Em
seguida, abriu a sessão seguinte e consultou o Conselho sobre a possibilidade
de antecipar a reunião: 9 concordaram e 3 se abstiveram.
Assim, não houve quórum para a
Reunião que discutiria o Estatuto (63ªRE) e iniciou-se a 64ª RE.
O Conselheiro William C. propôs
inclusão do ponto de pauta Calendário e o memorando do Reitor, que, em sua
avaliação tratavam de questões aprovadas pelo Consup.
O Reitor solicitou que o
conselheiro tivesse visão prospectiva do que estava escrito no texto. Disse que
havia dias úteis entre os feriados. A Reitoria afirmou que estes dias não foram
retirados do calendário de trabalho. O Reitor disse que não se poderia fechar a
escola dois dias e que somos cobrados pela Controladoria Geral da União pelos
dias em que a escola não funciona. Disse que a CGU não aceita dizer que não
havia expediente. O Reitor solicitou inclusão da aprovação do ProfFilo
(Programa de Pós-Graduação em Filosofia). Disse que tem recebido e-mails dos
pais questionando as aulas não dadas no dia da paralisação nacional e propôs
incluir o calendário também.
A conselheira Neila propôs incluir
a data da reunião na Progesp _ Audiência
Pública _ e a data da reunião para
buscar apoio de outros parlamentares para o Projeto de Lei de Vagas para filhos
de servidores.
O Conselheiro William pediu regime de urgência
para sua proposta, sugerindo que os pontos calendário e ProfFilo entrassem
antes dos da pauta.
A conselheira Neila apresentou
contrariedade à aprovação do ProfFilo, argumentando que havia 4 atas a serem
aprovadas (para as quais tinha sugerido adendo), a proposta do Curso de
Especialização em Educação Psicomotora, e que não sabia que o Projeto seria
aprovado nesta data, não o tendo lido.
Como foi a única a apresentar contrariedade, retirou e os pontos foram
incluídos por consenso.
Não havendo informes, passamos à
pauta.
No ponto calendário, o
Conselheiro William C. trouxe a questão da recomendação feita pela Reitoria aos
diretores de campus, através de memorando, para que houvesse a compensação dos
dias 20 e 22 (recessos no calendário letivo). Disse que o calendário é assunto deliberado no
Consup, por isso havia trazido o tema, e que estranhava a cobrança de presença
aos servidores técnico-administrativos. Disse que o calendário aprovado foi
aprovado e ninguém trabalha no carnaval nem no Natal por conta dele.
A conselheira Elaine disse que
poderia estar errada, o memorando traz esta dúvida e talvez seja o caso de
esclarecer. Quando fala em expediente não se trata de dia letivo. O recesso é
para a escola do dia letivo. Os recessos escolares não dão necessariamente para
os técnicos que não estão lotados nos campi. Quando havia recesso escolar os campi não funcionavam, mas os técnicos
dos setores que não são envolvidos diretamente com os alunos trabalhavam e o
que viu da Reitoria é que foi dado recesso para todos. Expediente é uma coisa e
dia letivo é outra. Legalmente falando um Reitor quando dá um dia de folga
precisa formalizar esta compensação. A lei diz que a compensação é uma hora por
dia, ou coisa assim.
O Conselheiro Manoel quis falar
inicialmente sobre o memorando discordando da Elaine. Aprovamos um calendário
escolar e trabalhamos em função dos 200 dias letivos. Quando não há expediente
escolar não há compensação. Temos um calendário aprovado no início do ano e em
função desse planejamento os servidores fazem seus planejamentos.
O Reitor disse que “não basta ser
contra. É preciso conhecer para se posicionar.” As relações que servem a um e a
outro são diferentes. O Reitor disse que a União paga vale-transporte. Para
estender a benesse dos dias par todos os servidores, tem que se imbuir da
certeza de que não pode dar ponto facultativo e subtrair da lei que fiquem em
casa dois dias úteis. Por isso o Reitor determinou que serão compensados
conforme a lei, ao sabor da necessidade dos diretores gerais ou dos chefes de
setores. Disse que coloca a autarquia em risco se não justificar com a
prerrogativa.
O Conselheiro William C. disse
que somos todos tratados pela mesma lei, 8112, e a única diferença que a lei trata
é da carreira.
A conselheira Elizabeth disse que a proposta do Reitor dá
tratamento diferenciado a docentes e técnicos, o que temos tentado evitar.
A conselheira Neila disse que não deveria haver tratamento
diferenciado para docentes e técnicos e solicitou detalhes sobre a lei citada
no memorando da Reitoria.
O Conselheiro Tarcísio disse que o Consup precisa fazer um
debate político sobre esta situação.
Segundo avaliação das autoras do
blog, o memorando continua valendo.
Passando a outra situação sobre o
calendário, o Reitor disse que a Reitoria recebeu 180 e-mails cobrando
reposição do dia 15 de abril, dia de paralisação dos servidores.
A Conselheira Vanessa disse que
encontrou com a professora da filha e ela disse que iria aderir. De todos os
dias parados, esse foi o único dia em que ela, pessoalmente disse ter visto
motivo real para parar. Informou que os pais querem reposição deste dia. Disse
que seu filho não viu a professora por 10 dias, por conta dos feriados, entre
outras justificativas.
A conselheira Neila disse que não
cabia ao Conselho decidir pela reposição deste dia, porque não foi este fórum
que decidiu pela paralisação. Afirmou, ainda, ser contrária à reposição.
A Conselheira Vanessa disse que
houve uma interdição do diálogo entre servidores e responsáveis, por conta dos
conflitos que aconteceram nas últimas greves.
O Conselheiro Tarcísio colocou
uma questão: essa cobrança tem mesmo a ver com prejuízos pedagógicos ou passa
pela concepção de “pararam, agora paguem”. Se a Reunião do Consup acontecesse
na quinta-feira, ele teria que vir e sua turma ficaria sem aula, ainda que
deixasse uma atividade. Houve um debate importante dos responsáveis na rede
social, por não saberem do motivo da paralisação e esta situação temos que
enfrentar. Defendeu que não houvesse a reposição deste dia.
A Conselheira Adriana disse que
faria mais uma observação que outra coisa. Enquanto mãe o que observa é que há
pais que não têm acesso à informação e outros que têm e não querem participar.
Há várias legendas para a solicitação de reposição, segundo a conselheira. O
que culminou com a vontade dos pais não quererem perder dias foi não chegar a
informação. Precisamos observar nossas carências. Todos estão numa revolta de
não ter aula e isso foge um pouco da razoabilidade. Disse ser a favor que haja
aula de reposição.
O Conselheiro Wiliam C. disse que,
pela fala dos pais, o que parece é que no Colégio tem um bando de gente que não
trabalha, que é irresponsável. O que está em discussão aqui é só a questão da
paralisação. Cadê a denúncia de quem não
deu aula no momento da reposição?_ perguntou. Disse que se hoje temos muitas
pendências na escola, muitas delas são em relação à terceirização, motivo da
paralisação. Disse que é necessário abrir discussão porque os trabalhadores vão
fazer greve. Temos que coibir quem não repõe, quem ignora. Devemos trazer pra
cá os profissionais que não cumpriram o calendário de reposição.
A Conselheira Vanessa achou bom
que chegamos à parte mais interessante da discussão porque chegou ao ponto em
que precisamos mexer porque o Consup tem as funções deliberativa, consultiva e
também mobilizadora. Vamos trazer os pais, sugeriu.
O Reitor disse que a ouvidoria
recebeu os 180 e-mails que foram encaminhados à Reitoria e à Proen. Disse que
alguma resposta precisa sair. (Desta vez o Consup é essencial...)
O Conselheiro Tarcísio disse que a decisão a ser comunicada
é que discussão foi remitida ao Consup, que votou e não verificou a necessidade
de reposição até o momento. Possíveis prejuízos pedagógicos serão revistos
pelos docentes em conjunto com os alunos.
O Reitor disse que a escola pode
vir a parar se os fomentos não forem formalizados, se não fizermos frente às
despesas. Disse que os IFES não repõem como nós. Nosso sistema seriado é
diferente do semestral, dos IFEs.
A conselheira Júlia disse que está
sendo dito que os alunos são prejudicados com as paralisações e isso não é
consenso nem para os alunos. As paralisações permitem um contato pedagógico
para além das aulas. Educação não é questão de hora, afirmou. 5 minutos num
debate ou ato às vezes mudam muito das perspectivas. Além de possibilitar toda
essa discussão não vão ser 5 horas letivas que impossibilitarão a formação dos
alunos, defendeu a conselheira.
A conselheira Elizabeth disse que
está havendo uma dificuldade grande de diálogo entre servidores e alunos. Está
contemplada com as falas, principalmente a da Júlia porque o conhecimento não
se constrói apenas entre quatro paredes. Fez a sugestão de que todos levemos
para os campi esta necessidade de
discussão, para que possamos nos reunir com os pares para debater essas
questões.
A Conselheira Vanessa falou serem
bem-vindas as reuniões.
O Reitor fez uma última fala e
colocou em votação a proposição, apresentada pelos responsáveis, através da
Conselheira Vanessa, de alteração do Calendário, com inclusão de um dia de
reposição.
O Conselheiro Marcos solicitou
votação nominal. Votaram a favor os 3 responsáveis presentes e o Reitor. Todos
os demais presentes votaram contra e não houve abstenções. Como afirmamos
anteriormente, não havia nenhum representante do Colégio de Dirigentes nesta
sessão. A proposta não foi aprovada.
Terminada a votação, o Conselheiro
Tarcísio reafirmou que a decisão a ser comunicada é que a discussão foi
remitida ao Consup, que votou e não verificou a necessidade de reposição,
entendendo que possíveis prejuízos pedagógicos serão revistos pelos docentes em
conjunto com os alunos, num replanejamento das atividades pedagógicas, o que
foi aprovado por consenso dos presentes.
Vimos a nota divulgada pela
Reitoria na página no Colégio e vamos solicitar retificação. Até parece, pelo
escrito, que o Reitor não é Presidente do Consup e não assume as decisões do
órgão máximo do Colégio.
Passando ao ponto ProfFilo, a
Chefe de Departamento de Filosofia, Professora Zulena dos Santos Silva,
apresentou a proposta, representando o interesse dos colegas de departamento
pelo programa divulgado no Congresso de Filosofia de 2014. Relatou que houve
reuniões no departamento para discutir o projeto. Reforçou a formação com
professores de Filosofia, destacando a experiência de sala de aula da equipe de
Filosofia com os alunos. Tem o quadro qualificado e com prática de sala de
aula.
O Professor Germano, de
Filosofia, falou da estrutura do mestrado em rede que terá sede no Paraná e a
ideia é termos aqui um núcleo. A proposta é mudar a ideia de escola enquanto
reprodutora de conhecimento e sim como produtora de conhecimento. Haverá duas
linhas: Filosofia e Ensino e Prática de Filosofia.
A Conselheira Elaine se
manifestou para saber qual é a autonomia do CPII em relação ao curso em rede. Trata-se
apenas de um núcleo reprodutor ou haverá participação direta do departamento na
elaboração das disciplinas e do curso?
O Professor Germano afirmou que serão oferecidas 3
disciplinas obrigatórias pelo núcleo. Esclareceu que já houve participação dos
docentes do departamento na elaboração dessa proposta e que podem propor
disciplinas novas e as eletivas.
O conselheiro William disse que
há uma polêmica sobre carga horária docente. Pergunta sobre de que forma isso
poderá afetar a carga horária do ensino médio e fundamental. Disse que só votará
a favor se houver garantias de que isso não afetará o quantitativo de docentes
para atender à escola básica.
Houve discussão sobre a carga
horária.
A Conselheira Elaine disse que
não há nada contra o interesse do departamento, mas a questão da carga horária
hoje precisa passar por uma discussão
muito mais ampla do que a que acontece internamente nos departamentos. Desde
que aprovamos a primeira proposta de curso de pós-graduação, ficamos
comprometidos, parece-lhe, com a aprovação dos demais, já que todos são
projetos muito bem elaborados. No entanto, qualquer carga horária destinada à
pós-graduação é subtraída da carga da escola básica e tem impacto no
quantitativo de docentes aprovado pelo MEC para o CPII. Esse impacto não fica restrito
ao departamento responsável pelo curso. Propõe suspender um pouco para fazermos
uma discussão mais ampla em relação à carga horária. A média de carga horária
regular do colégio, ao final do ano passado, era de 15,8 docentes necessários
para atender à carga relativa apenas aos componentes curriculares das
disciplinas. No entanto, quando
verificamos o cálculo por departamento, percebemos que há variações. Por
exemplo, há departamentos com média mais alta (16, 4; 17) e outros com médias
inferiores (14,2; 9,5). Além dessa diferença, há departamentos obrigados a uma
carga a mais de reforço escolar e atendimentos e essa carga ainda não entrou no
cálculo.
A Conselheira Neila destacou a
necessidade de uma discussão efetiva e de um planejamento da escola, de
que prioridades terá na abertura de novos cursos. Lembrou da situação do
departamento de 1º segmento, em que os professores trabalhavam até pouco tempo
com 24 tempos semanais de aula e agora trabalham com 20. O impacto de criação
de novos cursos tem consequências em outros setores, disse com outras palavras.
O Conselheiro Tarcísio destacou a
necessidade do planejamento da escola. Quantos professores contratados temos na
escola por conta disso? Qual a necessidade de carga horária por conta disso?
Que impacto terá na liberação dos estudos? Qual a proposta da PROPGPEC em relação
aos cursos de pós-graduação? Ampliar até
que nível?
O Reitor disse que já houve
tempo em que se podia dizer que não havia planejamento. Disse ter sido a primeira
vez que entregou a gestão acadêmica da carga horária aos chefes de departamento.
Não crê que uma chefe proporia ampliação pondo em risco a carga a ser usada na
educação básica. Disse ser difícil a gestão de uma pós. Disse que existe o relacionamento de
Márcia (PROPGPEC) com Eliana (PROEN) e Edson (PROEN)que organiza a carga
horária. Disse ainda que há a confiança de que cada chefe irá gerir de forma
adequada. Reforçou a importância dos programas de Pós-Graduação, exemplificando
com os demais IFs, que têm, todos, seus programas de pós. Dirigiu-se à Chefe de
Filosofia, Profa Zulena, desejando sorte na condução do
projeto.
O conselheiro William C., mais uma
vez, reforçou a necessidade de se dar prioridade no planejamento aos atendimentos
na escola básica, como reforço, Napne e outros.
O Conselheiro Manoel disse que
necessitamos definir a carga horária de ensino, pesquisa e extensão,
priorizando a educação básica. Antes de se implementar qualquer tipo de ação há
necessidade de se planejar a médio e longo prazo. Esse planejamento precisa ser
discutido com urgência no Conepe para ser trazido ao Consup. Indicou que nós
façamos uma reflexão e pensemos se essa carga horária destinada a Pós não poderia
ser usada na educação básica e nas suas prioridades.
Houve votação e o ProfFilo foi
aprovado.
Como já estávamos no teto da
reunião, passando das 17h, o Reitor encerrou a sessão. Os demais pontos ficaram
pendentes.
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