sábado, 2 de maio de 2015

Reuniões de 13 de abril: discussão do Estatuto e Vagas ociosas para filhos de servidores em pauta

A ata de uma das reuniões desta data já está disponível no site do Colégio: http://www.cp2.g12.br/images/comunicacao/2015/Abr/ATA%2060%C2%AA%20RE%20-%2013-04-2015.pdf

Abaixo, nossos registros sobre a segunda reunião.

Por volta de 12h iniciou-se a segunda sessão do dia. O conselheiro William reapresentou requerimento solicitando discussão sobre uso de vagas ociosas para filhos de servidores, já que a proposta havia sido apresentada no dia 12 de março e não havia sido pautada. Disse que a proposta era sua e das Conselheiras Elizabeth Dutra e Flávia Assis. 
O Reitor disse que é preciso responsabilidade, pois responde com seu cpf e que não pode colocar em apreciação uma decisão já tomada no STF. Referia-se ao Acórdão do TCU e argumentou que debater esse assunto, com possível aprovação pelo Consup, seria colocá-lo na posição de não homologar decisão do Conselho.  Solicitou que se deixassem as disputas eleitorais de lado. Não colocou em votação o requerimento, também não colocou em pauta, alegando não se poder discutir tema previamente regulamentado em lei.  Disse que quem administra o Colégio tem que ter responsabilidade e não apenas coragem. Disse que tem coragem quando corta na carne. Disse que a proposta fere uma determinação do STF. Apelou para que os conselheiros se colocassem na sua posição.
Houve debate entre o conselheiro William e o Reitor.
A conselheira Elaine lembrou que o ponto precisava ser pautado, discutido e, caso aprovado, deveria ser executado pela Reitoria, o que infelizmente não aconteceu na suspensão do calendário, quando uma decisão do Conselho foi desrespeitada pelo Reitor.
O conselheiro Tarcísio lembrou que o Presidente estava confundindo o mérito da proposta com a colocação da proposta em discussão. Não podemos abstrair o direito dos conselheiros apresentarem um assunto pertinente à instituição. Propôs separar o mérito do método. O assunto é pertinente, não havia impedimento para que ele entrasse em pauta.
O Reitor disse discordar, pois não podemos propor pautas em que uma possível solução seja fora da lei. Lembrou da estratégia de criação de GT [que elaborou projeto de lei] para legalizar. O que se pretendia, segundo o Reitor, era que ele não homologasse para depois divulgar. Leu o título do “prospecto amarelo”, dizendo que era preciso coragem, mas defendeu ser preciso responsabilidade de todos aqui. Disse parecer que a intenção dos proponentes seria apenas colocá-lo na situação de não cumprimento de decisão do Consup, para impor-lhe desgaste político.
A conselheira Eliana Myra disse que ficava à vontade parar falar porque tem duas filhas que estudaram aqui, uma por concurso e outra que entrou por ser filha. Disse que foi beneficiada, mas que agora não pode mais. Afirmou que trazer para cá uma coisa que está contra a lei é colocar o reitor em situação difícil. O que dirá para os aprovados em concurso que estão querendo vagas e não conseguem? Por que vai colocar o filho do amigo? Disse não ser da alçada do fórum decidir isso.
A conselheira Cláudia disse que a questão de ordem não foi respeitada. Estavam acontecendo defesas.
O Conselheiro Marcelo Rocha se manifestou.
A conselheira Ana Lúcia disse que teria várias coisas a falar, mas só falaria se entrasse em discussão. Disse que foi colocado que quando o Reitor não homologa é muito ruim, mas, para ela, é muito pior quando o Consup aprova algo ilegal. Disse que sua sugestão é seguir o caminho de pedir parecer da Procuradoria e seguir este procedimento.
O Conselheiro William apresentou questão de ordem: gostaria que fossem retiradas todas as defesas feitas, já que não houve permissão para o conselheiro apresentar sua posição, defender seu requerimento. Solicitou registro em ata.
Foi votado se o requerimento seria apreciado. Por 9 votos a favor, 7 contrários e 2 abstenções, o requerimento entrou em pauta. Os votos não foram nominais, mas não precisávamos nem dizer que todos nós votamos a favor da inclusão do ponto...
Houve votação de ordem e o ponto entrou como primeiro ponto, logo após os informes.
Começando os informes, atendendo a requerimento apresentado pelas autoras do blog e pelo Conselheiro Manoel em 27 de março, a Pró-Reitora de Administração, Sra Jaqueline, falou sobre o ponto de pauta “instalação de câmeras de segurança”, explicando que inicialmente isso ocorrerá nos portões de acesso dos campi. Falou sobre a gravação de 12 h de filmagem, por 60 dias de gravação. Disse que o sistema tem qualidade de HD e capta imagens. O gerenciamento de imagens ficaria num local do campus, com manutenção no site. Há previsão de 15 câmeras por campus, mas haverá variação em função do tamanho dos campi. Os campi já foram visitados e locais foram indicados. A partir daí, se partirá para o processo licitatório.
A conselheira Elaine disse que 15 câmeras iriam muito além de monitorar portões de entrada e saída. Disse que ninguém é contra que se tenha segurança. No entanto, parece que haveria também nos corredores internos. Insistiu que instalar câmeras de segurança nos acessos é desejável, já o fazer em corredores internos de circulação restrita aos estudantes, servidores e pessoas previamente autorizadas, não é necessário nem desejável. Conforme fala da Pró-Reitora, se é para os acessos, por que instalar 15 ou mais câmeras?
A Pró-Reitora de Administração disse que o projeto será discutido com cada diretor.
Disse que não está fechado e que está se fazendo um levantamento dos custos. Nada disso será feito sem a ciência dos diretores.
O conselheiro Manoel perguntou que fato concreto levou à solicitação do serviço.
A Pró-Reitora informou que, por determinação do TCU alguns locais devem ter câmeras, levando em consideração o prédio da reitoria, o novo prédio da Progesp e solicitou que o Reitor falasse mais sobre a motivação.
A orientação são as entradas e muros.
O Reitor disse que a motivação é o relatório do TCU, que fala de onde há bens apenas. Disse que o roubo de monta acontecido talvez não tivesse acontecido se houvesse câmeras.
O conselheiro William disse que em SCII foi encaminhada demanda sobre o assunto, mas o único acesso que teve foi com a empresa que já veio aqui com a limitação e houve cálculo de um número além do previsto, com colocação nos corredores internos e em outros locais, pelo campus ser muito grande.
A Pró-Reitora Jaqueline disse que é um plano inicial, a partir do qual será elaborado um projeto com previsão de despesas.
Em seguida, entrou-se no item de pauta sobre as obras. O Sr. Rafael, chefe da seção de Engenharia, apresentou projeção mostrando as obras em andamento.
Próximo ponto: bolsas dos estudantes do Proeja.  A Sra Rosana, da seção de contabilidade, apresentou a questão do (não)pagamento das bolsas de Proeja. Falou dos motivos que podem gerar falta de pagamento. Há autorização de pagamento e às vezes voltam por diferença dos dados cadastrados nos campi e nos bancos. Apontou problemas como atraso por parte dos diretores no envio da presença ou de natureza técnica, deixando claro não ser falta de verba ou falta de empenho do setor para efetuar esses pagamentos em dia.
A Conselheira Eliana Myra disse que foi feita uma portaria interna para definir quem iria receber as bolsas e ficou decidido pelo critério frequência (75%), enquanto em outros institutos a nota era um critério.
Sobre o item de pauta “diminuição do número de oferta de vagas no campus Tijuca I”, a conselheira Eliana Myra disse que a Tijuca teve que diminuir uma turma no primeiro ano por falta de espaço. Já sentou com a Diretora, Profa Cristina, para fazer o planejamento para 2016 e acredita que se voltará a fazer a entrada do mesmo número de alunos.
A conselheira Cláudia falou sobre a adoção do livro de Sociologia no campus SCII. A equipe disse que não adotará este ano o livro por achar que será um impacto financeiro para os alunos. Considerou preocupante o campus ficar privado do livro por questões econômicas. Colocou a necessidade de auxílio para os que não pudessem comprar e não os alunos do campus SCII ficarem sem o livro. Fez novamente o apelo para que a assistência estudantil seja feita. Disse que os professores continuarão as aulas com apostila, mas considera o livro um salto pedagógico. Relatou o fato de um professor ter falado sobre as verbas para o departamento, que parece que não saíram. Também deu informe sobre a ida da comissão de pais, representando SC, ao batalhão, para falar de segurança, pois estão acontecendo muitos casos de furtos e violência contra as crianças. Apelou para que a escola também estivesse presente nessas ações. O próximo encontro será dia 06 de maio. Gostaria de saber em que pé andam os serviços parados na escola. Em SCII, as aulas de Educação Física não acontecerão com natação por falta de guardião de piscina. Gostaria de saber como está isso, fora a questão da informática e da TECNISAN.
O conselheiro Tarcísio informou que Eduardo Galeano morreu esta noite e leu um texto em sua homenagem.
A conselheira Adriana perguntou por que não está havendo merenda para as crianças no campus Tijuca. Em função do pequeno espaço onde crianças costumam aguardar seus responsáveis, foi solicitada a colocação de um toldo.
O reitor disse que foi a Brasília para 3 reuniões de orçamento e no último dia foram liberados 40% do liquidado. Desde janeiro, temos uma despesa fixa de 7 milhões e em março recebemos 500 mil e em abril, 750 mil. A empresa responsável pela merenda não pagou o vale-transporte aos servidores. Uma parcela do pagamento do que está devendo à empresa da merenda foi paga na última sexta-feira, o que deveria garantir o serviço, afirmou o Reitor.
O conselheiro William esclareceu que as equipes pedagógicas decidem pela adoção de livros e, neste caso do livro de Sociologia no campus SCII (de não adoção), houve concordância da direção do campus com a decisão da Equipe.
O Reitor respondeu que os guardiões de piscina são contrato com a TECNISAN, cujo contrato foi revogado.  Disse que vai abrir licitação para atender guardião de piscina e manutenção.
A Conselheira Neila informou sobre a Audiência Pública do Consup sobre Educação Infantil e sobre o debate da ADCPII para se pensar o Brasil atual.
O Conselheiro Rafael Almada (representante do MEC) informou que de 15 a 17 /04 em Brasília ocorreria o Congresso Internacional de Gestão da Inovação da Educação do Setor Público – CIGISP, com transmissão via internet.
O conselheiro William apresentou a proposição de vagas para filhos de servidores. Afirmou que o relatório do TCU não falou do número de vagas que não são usadas, não são  ocupadas pela sociedade. Mostrou quadro com vagas ociosas, apresentando inúmeros argumentos.
O reitor disse que há impedimento pela decisão do TCU para que haja matrícula de alunos como se pretende pelo requerimento. Leu a decisão do TCU.
A conselheira Eliana Myra disse que só pôde haver matrícula de estudantes filhos de servidores, na gestão anterior, porque houve saída de um juiz e entrada de outro, por um vácuo da justiça, em que a Profa Vera conseguiu matricular todos os filhos de servidores. Disse que não nega que haja vagas ociosas nos anos em que não ocorre sorteio. Disse que não trouxe dados precisos por não saber que o assunto seria debatido aqui. Informou que houve reunião na sexta-feira com os diretores e a decisão é de fazerem tantas reclassificações quanto forem necessárias para o preenchimento das vagas do concurso/sorteio. Há pais que não aceitam a reclassificação, mas há um monte de outros pais atrás querendo. Esta semana haverá novo sorteio e nova classificação. Crianças que entram por sorteio podem vir com várias deficiências e a lei faculta que as turmas tenham um número de alunos menor por turma. Outra coisa é que está havendo mudança de militar e o colégio está com processo de reingresso de filho de militar. Disse que há variáveis e que não podemos seguir ao pé da letra o número de vagas ociosas. Reafirma que o TCU tem fiscalizado de perto, chegando às vezes a solicitar todos os diários de turma a fim de confirmarem o cumprimento de sua determinação.
A conselheira Elizabeth gostaria de esclarecer que estamos tratando de casos de sorteio e não de concurso. Esclareceu que o papel amarelo foi feito pela diretoria do Sindscope e que nunca fez parte da diretoria do Sindscope, mas fez parte do GT que levantou os números.
A conselheira Ana Lúcia disse que houve sorteios mais de uma vez para o mesmo ano. Não fazemos sorteio para os 3º, 4º e 5º anos por questões pedagógicas. Em Realengo estão com mais alunos do que o previsto. Há apenas 9 vagas ociosas e de 4º ano apenas. A capacidade seria de 480 alunos e estão com 482.
A Conselheira Neila destacou a importância da concessão de vagas para filhos de servidores. Afirmou que precisaos buscar caminhos para regulamentação e que o Conselho Superior deve defender este direito, mas pela via legal. Disse que uma filha sua, assim como as filhas do Conselho William Carvalho, também entraram na brecha que houve e que possibilitou o ingresso de filhos de servidores, mas que o ideal é a regulamentação e não o “jeitinho”. Disse que não gostaria que seus filhos tivessem ingressado desse jeito. Reafirmou que é preciso evitar problemas futuros e que devemos brigar para que o Projeto de Lei seja aprovado no Congresso. Sugeriu marcar outra audiência pública para apresentar o projeto para outros parlamentares e cobrar o Parecer da Procuradora para a próxima reunião. Deseja que o assunto seja regulamentado para toda a vida e não apenas para este ano.
O conselheiro Rafael, evocando seu olhar de fora da instituição, disse ser muito ruim para quem está de fora a criação de mecanismos internos que possibilitem diferenciação entre os filhos de servidores e os demais. Reforça o que já tinha dito. O único caminho é o projeto de lei, que foi bem conduzido no início e defende este como o melhor caminho. Repetiu a apreciação necessária da Procuradoria para que seja um balizador da nota técnica no Ministério da Educação. Reforçou a necessidade do projeto de lei. Sugeriu que tenhamos um debate amplo e plural.
A conselheira Vanessa, concordando com a fala da Conselheira Neila, declarou que do lugar de mãe que desconhece algum pai que não seja favorável ao ingresso de filho de servidor. Precisa ficar claro, em projeto de lei e para sempre.
A Conselheira Elaine precisou se retirar em função de compromisso agendado na Chefia de Departamento.
O conselheiro William disse que participou da construção do projeto de lei do GT, que nunca participou de gestão anterior e nem fez promessa de distribuição de vagas para filhos. Disse esperar que não vire boato que ele denunciou no Ministério Público e afirmou que nunca denunciou no TCU. O que disse foi que o que consta do relatório do TCU já tinha sido denunciado pelo sindicato. Disse ter acordo com a proposta apresentada, mas disse que isso sempre foi feito, mas não de forma clara. Para filhos de militares a lei vale, mas não para filhos de servidores, questionou. Disse que se criam argumentos para dizer que o que era feito era legal, não era e que o que se propõe é ilegal e disse não ser. Não tem responsabilidade pelo que era praticado no passado e disse ter solidariedade com os companheiros.
O conselheiro William solicitou votação nominal. Pela ordem da frequência dos Conselheiros :Oscar Halac–contra; Rafael Almada–contra; Ana Lúca-contra; Eliana Myra-contra; Márcia Oliveira-contra; Tarcísio Motta-abstenção; Neila Espíndola-abstenção; Manuel Carvalho-abstenção; William Carvalho- a favor; Marcelo Rocha-abstenção; Elizabeth Dutra- a favor; Vanessa Anacleto-contra; Adriana Freitas-contra, Marco Antônio-contra; Cláudia Souza-abstenção; Júlia Zanetti- a favor; Lucas Sarmento-abstenção.
Com 3 votos a favor 8 votos contrários e 6 abstenções (entre elas dos Conselheiros Tarcísio, Neila, Manoel, que solicitaram declaração de voto), o requerimento não foi aprovado.
O conselheiro Tarcísio declarou voto destacando a necessidade de se colocarem os pontos em pauta sempre. Reforçou a legitimidade do requerido, mas defendeu buscarmos a regulamentação, reforçando o projeto de lei.
A Conselheira Neila também declarou voto, dizendo que não poderia nunca ser contrária e que deveríamos buscar a regulamentação. Propôs marcar data para entrega do Parecer da Procuradora, [para pressionarmos sobre o Projeto de Lei].
O Conselheiro Manoel disse estar contemplado com a declaração de voto do Conselheiro Tarcísio.
A conselheira Cláudia declarou que seu voto não poderia ser diferente pelo segmento que representa, onde todos entraram por sorteio ou concurso. Disse esperar que os servidores consigam isso de forma regulamentada. Disse saber de casos de ingresso não acabaram pelos sorteio e concurso, de histórias que ouve.
O Reitor e alguns conselheiros a interromperam, questionando a verdade se sua afirmação.
A Conselheira Cláudia concluiu sua fala.
Conforme solicitação da Conselheira Neila o Presidente colocou em votação se traria para a próxima reunião, o Parecer da Senhora Procuradora.  Com 9 votos a favor, zero votos contra e 2 abstenções. Foi aprovado.
O Conselheiro William Carvalho, declarando abstenção, disse que não teria condições de votar a favor ou contra, pois o parecer já deveria ter sido dado.
O Reitor disse que a Procuradora iria responder, mas, antecipando sua resposta, defendeu que isso é matéria transitada no TCU, onde ela não pode dar opinião, mas pedirá que ela escreva.  O Reitor disse, ainda, que pediria a marcação de uma audiência com o TCU, e iria levar a proposição que foi apresentada pelo conselheiro William Carvalho, para verificar o que o TCU pensa a respeito. Disse que, conseguindo audiência, e tendo resposta, ele informará ao Conselho. Quanto à declaração da Conselheira Cláudia, ele vai solicitar à Procuradora que a oriente para que possam chegar na verdade do que ela ouviu, para chegar ao final da apuração e dizer que o que ela ouviu não é verdade. Disse que isso envolve fraude e fraude envolve improbidade administrativa.

A reunião foi encerrada e os demais pontos pautados (transmissão ao vivo das sessões e alteração de regime de trabalho para aposentadoria), adiados.

Nenhum comentário:

Postar um comentário