Às 14h25min do dia 27 de maio
último, iniciou-se a 42ª reunião extraordinária do Conselho Superior, que tinha
como pontos de pauta Calendário, Mestrado Profissional de História e Relatório
de Gestão. Estiveram presentes os conselheiros Vítor Mateus Bakker, William
Neto, Johanns Ferreira, Lina Alegria Reis, Flávio Balod, Antônio Lopes, José
Dias, Ana Céli Souza , Jesen Júnior, Miguel Villardi, Elizabeth Dutra, Flávio Nehrer, William Nascimento, Luciana
Zanetti, Elaine Barbosa, eu , Leonardo Brito, Ana Lúcia Sênos, Marcelo Rocha e
o Reitor, Oscar Halac.
O Reitor informou que a Professora
Márcia Maretti, em nome da CPPD, divulgaria a conclusão sobre os trabalhos acerca
dos critérios para RSC. Agradeceu à Comissão, que trabalhou diuturnamente para
que tivéssemos os critérios elaborados hoje. Relatou, ainda, constar, da
gravação da última reunião, o nome completo de uma aluna menor, solicitando que
a pessoa que falou procurasse a secretaria do Conselho para apagar o nome.
Divulgou, ainda, a publicação, na página do Colégio Pedro II, de um comunicado
oficial da Reitoria determinando, a partir de considerandos legais, que os dias
letivos precisam ter a duração mínima de 4h.
O conselheiro William C. perguntou
sobre o encaminhamento dado à decisão do conselho, na última reunião, de criar
um Grupo de Trabalho com os assistentes sociais, para o que obteve resposta de
que a Secretaria do Conselho tem uma proposta, relatada aos presentes.
O Reitor registrou a presença de
Tarcísio, pré-candidato do PSOL ao governo do estado do Rio. Tarcísio se
manifestou dizendo que estava presente enquanto servidor.
A conselheira Luciana solicitou a
palavra para dizer que foi ela quem deu informe dizendo o nome de uma aluna, com
a autorização da família. Lembrou que leu um documento, escrito pelo
responsável pela aluna, expulsa do Colégio, com questionamentos ao papel do
educador e da escola que preferiu excluí-la ao invés de tratar do caso (a aluna
usava drogas). Houve divergência do Reitor. A conselheira solicitou, ainda,
esclarecimento sobre a atividade de Realengo II, para a qual foram cobrados
R$70.
O Reitor disse que a aluna não
foi expulsa nem excluída. Foi a família que solicitou transferência. Disse que
não foi a escola quem chamou a polícia, tendo sido a Polícia Federal que interpelou
a aluna. Disse que está na lei a não cobrança de emolumentos, mas que houve aluguel
de ônibus, alimentação e outras despesas com a excursão.
O conselheiro Leonardo disse ter
questão de ordem em relação ao primeiro tópico abordado, pois houve polêmica na
escola de como houve o desligamento e sugeriu incluir este ponto na pauta da
próxima reunião.
O conselheiro William C. sugeriu
que não perdêssemos tempo incluindo pontos de pauta no momento de informes.
A mesa acatou a ponderação.
O conselheiro Leonardo solicitou
informação sobre se sua solicitação foi acatada, ao que o Reitor respondeu que
sim.
A conselheira Lina informou que
estão sendo feitas assembleias de estudantes, que estes definiram que apoiam a
greve dos servidores e que são a favor da suspensão do calendário.
Dei informe de que aconteceu,
como atividade de greve, no dia 20/5, em SCI, uma discussão bastante
interessante sobre o Regimento do Colégio, com foco na parte do NAPNE(Núcleo de
Atendimento às Pessoas com Necessidades Específicas). Foram, inclusive,
combinados princípios e encaminhamentos. Lembrei aos diretores presentes que,
terminada a greve, esta discussão precisará ser retomada nos campi e que o Conselho precisa rever as
datas do calendário de discussão.
O conselheiro Miguel se
manifestou, abrindo mão da fala, pois o Reitor já tinha respondido em relação
ao caso de Realengo.
O conselheiro Flávio Nehrer,
iniciando o debate sobre o calendário, disse que
gostaria de colocar argumentos para não suspensão. Considera que em alguns campi o número de alunos (servidores)
que aderiu à greve é grande, mas que há 4 Pedrinhos que continuam em
funcionamento. Acredita que o Consup tem uma responsabilidade muito grande.
Disse que tem professor que se recusa a entrar em greve e precisamos respeitar.
Sugeriu autonomia aos diretores de cada campus para a revisão do calendário.
Disse que o movimento de greve não alcança os 14 campi e é fraco nas ruas. Afirmou ter visto um movimento na rua,
mas era dos professores do município e do estado. O movimento não é homogêneo,
segundo o conselheiro, por isso não votaria a favor do calendário homogêneo.
O conselheiro William C. disse
que há casos se assédio moral em alguns campi.
Disse que não é verdade que os campi
estão funcionando normalmente. O campus
não é do diretor e o calendário não é aprovado nos campi, e sim nos órgãos superiores do Colégio. O Colégio Pedro II é
um só. Disse que várias coisas estão acontecendo e nós discordamos.
Exemplificou a situação de suas filhas, relatando que a administração fez
mudanças na grade semanal para atender a demandas individuais, ignorando
princípios do trabalho. Defendeu como necessária a suspensão do calendário,
para que os que não querem fazer a greve vão ao fórum necessário para definir
sobre a suspensão da greve.
Falei que a greve que acontece em
nossa escola precisa ter reconhecimento de todos de que ela existe, pois afeta
a todos na instituição de maneiras diferentes, mas a todos (aos que estão em
greve e aos que não). Não podemos, enquanto Conselho Superior admitir que
algumas pessoas coloquem seus interesses pessoais acima dos interesses da
escola. Todos os alunos precisam ser atendidos. Interromper o calendário não é
obrigar ninguém a fazer a greve. É respeitar a todos os estudantes e
professores, é o que vai garantir avaliação equânime para todos após a greve,
com conselho de classe, com atendimentos especiais, com planejamento dos
professores.
O conselheiro Johanns falou que o
aluno que está comparecendo não pode ter avaliação e devemos ter um calendário
unificado lá na frente. A suspensão do calendário se mostra imperativa por
isso.
A conselheira Ana Lúcia disse que
falava em nome da maioria das diretoras de Pedrinho. Deu números da greve, afirmando
que todas as 4 são a favor da não suspensão no calendário, que defendem a
validação de dias com 4 h aula, que o ano letivo comece para todos juntos e que
se faça reposição do que não houve. “ Se o aluno tiver aula agora e tiver
depois, ele verá tudo de novo?”, argumentou a conselheira.
O Reitor disse, enquanto
presidente da mesa, que, segundo o artigo 13 do Regimento do Conselho Superior,
ao reitor cabem os atos executivos. Falou que o calendário de reposição será
decidido depois, após a greve tomava para si a delegação de competência sobre suspensão
do calendário. Disse que não está posto que a deliberação sobre o calendário
compete ao Consup. Disse que quem deve fazer com que a conscientização aumente
não é a Reitoria. Disse que estamos propondo que a Reitoria estabeleça o quórum
de 100% de adesão ao movimento de greve. Disse que não pode homologar a
suspensão do calendário. Disse não poder
usar a égide da Reitoria para decidir sobre o calendário, que não pode usar o
cargo.
A conselheira Luciana Zanetti
defendeu, como mãe de aluno, a suspensão do calendário. Disse que não dá para,
enquanto mãe, vir para a escola para o filho assistir a umas poucas aulas.
Disse que em SCI aulas de reposição aos sábados, de 7 às 9h, estavam previstas
em uma outra greve, mas quem viria? O movimento de greve é de decisão dos
servidores da casa. O calendário é fragmentado, não tem como ter apenas 4 horas
de aula e há vários campi parados.
A conselheira Elaine prestou
esclarecimentos: primeiro: são 4 horas de atividades de ensino e não 4 tempos
de aula; segundo: suspender o calendário não significa obrigar o servidor que
não queira fazer greve, e que portanto deseja continuar trabalhando, a fazer.
Significa que eles não terão pelo menos um mês a mais de férias que os demais.
O professor e o técnico que não estão em greve, eles simplesmente estarão de
férias no período de janeiro e depois, quando todos estiverem de férias, eles
ficam de férias de novo. É lógico que não é o Reitor que decide se suspende ou
não suspende o calendário. Ele executa, a reitoria é o órgão executivo. O Consup
é quem homologa, gostem ou não gostem. Está posto, está na lei. Concluiu: “Quem
quer trabalhar, que continue, pois agora veremos quem realmente é contra a
greve e quem não faz greve só para não perder as suas férias”.
O conselheiro Vítor disse que os
estudantes são a favor da greve e da suspensão do calendário e afirmou não pode
ser computada a frequência em aulas abaixo de 4h. Não pode ser cobrada a
presença dos alunos. A minoria dos professores não pode prejudicar a maioria
dos alunos.
O conselheiro Leonardo começou
muito preocupado com a fala de que a decisão de greve é autoritária. Uma
decisão coletiva exaustivamente discutida é totalitária? Reforçou a brilhante
fala de Elaine, dizendo que o servidor tem todo o direito “a não concordar” com
a greve, mas que faça a discussão nos fóruns legítimos e não se escamoteie em argumentos
burocráticos, legalistas. Disse que é difícil conceber uma normalidade numa
escola parada 85% desde sábado. Lembrou que não há normalidade institucional na
escola. Este argumento é inconsistente. É prerrogativa deste Conselho e não da Reitoria
deliberar sobre a suspensão do calendário. Este debate já está superado.
O conselheiro William C. disse
não querer tratar mais disso, mas se o artigo 13 fala que a responsabilidade é do
reitor, no artigo 7º o Conselho Superior é declarado órgão máximo do Colégio.
Será importante que o reitor acate a decisão do Conselho, como vem acatando
outras. Não dá pra apenas os professores assumirem. Não precisa de técnicos? Para
quê existe SESOP, NAPNE? Em greve pode-se funcionar sem tudo isso? Não pode se
permitir que o processo ocorra sem qualidade num ano em greve. Em SCIII há
professor dando aula de Matemática. Todos os alunos têm que ser atendidos. Disse
não querer transformar o espaço num ringue. O Colégio precisa avançar. Solicitou
que reitor, que nunca vem, mas que veio desta vez, reconsidere sua posição.
O Reitor afirmou que o
Conselheiro William continua a ver fantasmas.
A conselheira Elizabeth disse que
a escola, quando faz um planejamento não faz só para Educação Física,
Literatura ou Matemática. Principalmente no 1º segmento os planejamentos são
globais. Não se pode prescindir de outros profissionais de educação para atender
aos alunos com necessidades especiais: como prescindir do psicólogo, do
orientador educacional, de todos os pedagogos? Quanto à avaliação, que é sempre
dificílima para todo o professor, como se fazer isso com 2 ou 3 aulas de uma
coisa. Quando fazemos a avaliação, os professores também são avaliados em seu
processo de ensino. Se os professores não podem estar presentes ao Coc, como
fazer a avaliação? Como considerar a possibilidade de uma ação fragmentada?
O conselheiro Flávio Nehrer disse
que não fala só em seu nome, nem no da comissão de pais, que conversa com
outros pais de outros campi. No Colégio
de Marcelo (Realengo), ex-conselheiro, seu filho, ele só não tem aula de
Educação Física. É importante pensarmos o porquê da greve, que tem sido
bastante política. Não vemos reivindicações por giz colorido, por carteiras, por computadores. Disse que o
sindicato teve uma participação no Jornal da Band ele disse que estava
começando a greve no dia 17 porque marcou uma reunião como o governo do dia 22,
segundo ele por presunção. O conselheiro que falou na matéria disse que a greve
não é política, é nacional. O
conselheiro perguntou cadê as reivindicações de educação. As atividades
pedagógicas levantadas pelo sindicato são hilárias, segundo ele, nada
pedagógicas, com palestras. Gostaria que o sindicato fizesse atividades que
pensassem em todos os campi e em todos os alunos.
A conselheira Lina disse que
gostaria de começar falando que os direitos dos servidores que não aderiram à
greve não serão impedidos pela suspensão do calendário. Como é possível ter
aulas sem posto médico? Do jeito como está posto, teríamos calendários
diferenciados entre os campi. Somos um só Colégio. Os alunos apoiam a greve e
entendem os motivos da greve. Uma palestra sobre sexismo é educação, afirmou
contundente a conselheira. Debater preconceito, machismo é educação!
Falei que Lina trouxe a discussão
que precisa ser feita. Somos uma escola só e não queremos penalizar e nem
beneficiar ninguém. Todos os alunos precisam ter direito a férias junto aos
outros, a avaliação no mesmo período, a atendimentos especiais no mesmo
período. Temos que respeitar todos os alunos e os professores. Por que
respeitar apenas os professores que não estão fazendo greve? E os professores
que estão fazendo greve, minoria nos campi I, não merecem ser respeitados? Os
bônus da greve são para todos e os ônus precisam ser minimamente repartidos.
Precisamos avançar e construir uma escola mais solidária. Lamentando a ausência
do Reitor, que saiu neste momento, reafirmei que compete ao Consup deliberar
sobre o assunto.
A conselheira Luciana Zanetti
falou do número de pais que defendem a suspensão do calendário. Não interessa
quanto tempo a greve vai durar. Isso é pra decidir na assembleia. Disse que a
escola é pública e que os alunos têm pais. Se esta escola é de excelência não é
pela parede, pela cadeira, mas pelos profissionais que aqui estão.
A conselheira Ana Lúcia disse que se inscreveu
para corrigir e que as diretoras garantiram que são 4 horas de aula. Em
Realengo há mais de 85% funcionando e reafirmou que a proposta de quatro
diretoras é de não suspensão do calendário. Perguntamos se era de São Cristóvão
a diretora que não defendia sua proposta e ela confirmou que sim.
O conselheiro Flávio Balod tem
dito e voltou a repetir que “ não cabe ao Consup decidir sobre calendário e não
importa que isso tenha sido discutido exaustivas vezes.” Disse que as pessoas
costumam dizer que o Consup é o órgão máximo, mas que a instância máxima é o Estatuto.
Disse que não é prerrogativa do Conselho decidir sobre o calendário. Se
pergunta que legalismo é esse, coisa de Brasil, onde “há coisas que pegam e que
não pegam”. No dia em que estiver nas atribuições do Consup sobre isso ele será
o primeiro a votar. O Consup não pode se atribuir poderes, segundo o conselheiro.
O conselheiro Leonardo disse que
gostaria de ter um exemplo de uma greve que não fosse política. Disse que se
preocupa com falas dos conselheiros de que os filhos estão em cassa. Há
atividades de greve. Discutindo sobre legalismo, disse que alguns conselheiros
ainda Disse que equiparados aos institutos federais, há o reconhecimento de que
são fóruns políticos e não burocráticos.
O conselheiro Johanns solicitou esclarecimento em relação a artigo
colocado pelo Pró-Reitor de Ensino, solicitando qual seria.
O conselheiro William C. propôs que ao final das
falas fossem dados esclarecimentos.
O conselheiro Miguel disse que tem dúvidas em
relação ao voto, pois seu campus tem 95% de parados, mas seria desagradável
pois se estivesse hoje na unidade, dezenas de professores estariam ligando para
saber o resultado da assembleia. Disse que fica no meio do caminho, agora, uma
unidade que tenha sua integralidade funcionando, tem dúvidas quanto à posição
dos pais. Não sabe se aquelas crianças estão tendo aulas. Deveriam ter mais
aulas.
Elaine reforçou que suspender calendário não é
obrigar pessoas a aderirem à greve. Em relação a fala de Miguel e os alunos que
tiveram aulas: o problema não são aulas a mais: o problema é os alunos que
estão assistindo às aulas e não terão aulas depois junto com seus grupos. Há
projeto de reforço escolar. Sobretudo no 1º segmento, em que os alunos entram
por sorteio, será um espetáculo para os alunos terem as aulas em dobro. Estamos
tentando garantir a qualidade de trabalho para todos. A greve é um momento
riquíssimo e depois temos compromisso com eles. Vê o preparo de falar (em
público) dos alunos, a participação dos alunos no Conselho, porque são do CPII.
As pautas são de educação: concursos, 10% do PIB. Por tudo isso, principalmente
por sabermos que não estaremos tirando nada de ninguém, mas para garantir a
todos direitos às mesmas aulas depois, precisamos suspender o calendário.
O conselheiro William C. saudou a dirigente do
SINASEFE presente, apresentou números da greve e novamente defendeu a suspensão
do calendário, perguntando se a falta das aulas dos professores em greve não
importa.
O Reitor também saudou a dirigente do SINASEFE.
O conselheiro Marcelo Rocha deu boas-vindas aos
presentes e, chamando William C., falou da extensão administrativa dos títulos
do Mercosul aos servidores técnico-administrativos e que o Reitor não homologou
esta decisão, com o apoio jurídico do Colégio. Disse que devemos colocar o tema
da suspensão do calendário em votação.
O conselheiro William Neto cumprimentou a
assistência e disse que é atribuição do conselho aprovar o calendário e
pergunta qual o espaço mais plural que este que decidirá sobre a suspensão?
Disse que o Consup é o órgão de deliberação máxima porque é o mais
representativo. Temos que tratar o que é regra e o que é exceção e temos que
tomar como padrão a maioria. Lembrou que tudo é política e lembra da fala de um
professor que falou sobre material didático e informática. Falou sobre a pauta
pedagógica da greve, lembrando que há vários itens pedagógicos.
O Reitor afirmou que “esse William é bom”. Disse
que o Consup é o órgão que delibera sobre o calendário e que foi até onde pode
ir, com o comunicado. Disse que foi citada a diretora de SCI, que o procurou,
tendo dito que, com a paralisação dos técnicos, assumiria, como fez, a escrita
de bilhete comunicando aos pais não ter condições de funcionar. Disse que havia
professores em greve e outros que gostariam de continuar trabalhando. Tem que
dizer à plenária que o reitor não pode ir além do que foi.
O conselheiro William C. disse que o Reitor, aqui
na presidência do Conselho, deve colocar em votação a suspensão ou não do
calendário, dizendo que se o Reitor não executar a decisão arcará com os ônus e
os bônus.
Feita a votação, foi aprovada a suspensão do
calendário, com 16 votos favoráveis, 3 contrários (conselheiros Flávio Balod,
Flávio Nehrer e Ana Lúcia) e 2 abstenções (do Reitor e do conselheiro Marcelo
Rocha).
O Reitor disse que o Conselho Superior aprovara a
suspensão do calendário escolar, para homologação do Reitor.
A Professora Márcia Maretti, membro da CPPD, a
convite da mesa, divulgou, ”com enorme e redobrado prazer” o término do
trabalho, realizado pelos 10 membros da comissão: os critérios da Instituição para
a concessão do RSC. Afirmou que o RSC não é o
desejado para a carreira do magistério, para as relações trabalhistas, por ser
uma proposta produtivista de avaliação, meritocrática, mas é o que temos. Disse
que a proposta de RSC está na página do CPII, no link da CPPD. Solicitou apreciação imediata do Conselho
sobre este trabalho, pautando-o para a próxima reunião, para que seja enviado
logo a Brasília. Chamou os que estão em vias de se aposentar a darem entrada no
RSC.
O Reitor, passando ao próximo ponto de pauta, disse
que pela primeira vez um trabalho desta monta foi apresentado por um
departamento, será apresentado no Conselho Superior, e se aprovado, encaminhado
para esferas externas que fazem esta análise. Referia-se à proposta de Mestrado Profissional de História.
A Professora Silvana Bandoli, Chefe de Departamento
de História, disse ser muito bom estar presente à sessão do Consup e especialmente
bom apresentar o projeto do Depto de História. Disse que o projeto que,começou
em 2011, foi gestado no Depto de História, pelos professores doutores do
departamento. Se tem uma frase que o define
é o conceito de entrelugar:
estamos num entrelugar entre o que é
produzido na academia e o que é efetivado na sala de aula, em termos de
produção intelectual a respeito do ensino. As universidades que formam o
professor, no campo da História, pouco olham para o campo do ensino e pouco produzem
para ele. O governo lançou o Mestrado Profissional em Ensino de História
nacionalmente e o Colegiado de História aprovou a proposta com condicionantes importantes
e um deles é que o professor não pode deixar de dar aula na Educação Básica
para trabalhar no Mestrado. Necessariamente a formação do mestre terá de se dar
na prática. Dos 463 candidatos ao Departamento de História, na última seleção
de professores substitutos, apenas 28 puderam ser selecionados. O projeto
pleiteia um outro lugar para a docência da Educação Básica: o mesmo patamar da
produção acadêmica. Precisamos que seja reconhecido no campo epistemológico a
produção da escrita da História na Educação Básica. Reafirmou ser muito bom
submeter este projeto de Mestrado em Ensino de História ao Conselho Superior.
O conselheiro Leonardo perguntou se a coordenação do
programa será colegiada, para o que obteve a resposta que sim, mas com um coordenador
já eleito, o Professor Adjovanes Tadeu (EN II), como requer a Capes (há um
coordenador e dois vice-coordenadores, um de cada linha de pesquisa). As duas
linhas de pesquisa são: ”Memória, Identidade e Patrimônio” e “Ensino e Escrita
da História”.
O conselheiro Flávio Balod disse que talvez demore algum
tempo para constatarmos que a frase de Marx não é destituída de sentido “Só
reconhecemos uma única ciência a partir de hoje: a ciência da História”. Sendo de filosofia,
teria que endossar que a filosofia não é mais que sua história. Disse que saudava
o documento e o departamento, que respeita imensamente. Que o projeto é
academicamente consistente, reforçando nossa inclusão na Rede Federal. Não se
sente enciumado por não ter sido o de Filosofia. Disse sempre ter tido dúvidas
do que diferencia um Mestrado Acadêmico do Mestrado Profissional. Afirmou, após
consulta a documentos, que a diferença é algo que se espera: que o Mestrado
Profissional tenha uma ligação mais imediata com a prática. Parabenizou pela
iniciativa e pelo documento produzido.
O conselheiro Vitor disse que gostou do projeto
apresentado e gostaria de saber do espaço físico a ser usado e do orçamento.
A professora Silvana disse que não sabe responder
em relação às verbas do governo federal e que está trabalhando algum
investimento do Colégio (pessoal e bibliografia). Lembrou do que já há: museu,
bibliotecas, acesso a periódicos da Capes na intranet. Descobriram recentemente
que não têm direito à verba específica para bolsas. Há verbas já recebidas em
função dos projetos de Pesquisa do departamento.
Elaine disse que gostaria de se manifestar sobre a
proposta do departamento, porque luta para que a escola se mantenha voltada
para a Escola Básica. Observa no projeto uma qualidade e um cuidado com a
adequação da proposta ao trabalho do CPII que não ferem o princípio maior de
priorizar a Escola Básica. Percebe diferença para outros casos, em que há a
eleição de um trabalho pensado por uma ou duas cabeças, não se sabe por quê. Destacou
o fato de que os professores poderão atuar sem se desligar da Escola Básica.
O conselheiro William levantou a questão sobre os recursos,
de onde viriam.
O reitor disse que os fomentos são oriundos da Capes,
Cnpq, Faperj.
O conselheiro Leonardo destacou um outro elemento,
relembrando a fala de Elaine, de saudar a proposta pelo fato de o professor não
se desvincular da Educação Básica: o projeto foi discutido exaustivamente nos
fóruns do departamento de História, com transparência, horizontalidade.
Adiantou o voto favorável pela aprovação do Mestrado, para que iniciativas como
esta aconteçam em outros departamentos.
A proposta foi aprovada com 16 votos, por
unanimidade, pois os demais conselheiros se ausentaram.
Elaine e eu distribuímos nossa proposta de ressalvas ao Relatório de Gestão para os conselheiros.
Elaine, iniciando o debate sobre o Relatório, lembrou
do histórico do assunto no Conselho e da cobrança da AGU em relação ao ele. Ressaltou
que na última sessão decidimos fazer uma sessão homologando o relatório, que
teria as nossas ressalvas, apresentadas
por escrito. Elaine disse que o trabalho foi feito e cabia a decisão (de
aprovação ou não) sobre estas ressalvas e outras que outros conselheiros
poderiam trazer/fazer.
O Reitor disse que foi ele quem solicitou a volta do
Relatório para apreciação do Conselho.
A conselheira Luciana sugeriu incluir a quantidade
de alunos jubilados e outras propostas. Disse que informação nunca é demais.
Perguntou se existe algum problema em ter estas ressalvas.
O conselheiro Marcelo Rocha passou a experiência de
14 anos trabalhando no pagamento e no RH ( disse que se fosse sobre lavar e
passar roupa , não saberia, olhando para a conselheira Luciana). Disse que
informação demais pode ser problema. Afirmou que em nem todos os itens vale a
pena ter informação demais. Informação demais, dependendo de pra quem se presta,
pode ser problema sim, segundo o conselheiro.
A Professora Vera Medalha, responsável pelo
Relatório nesta reunião, lembrou de sugestão de Rafael Almada de fazer um
relatório de gestão para a comunidade.
Li as 12 ressalvas que apresentamos, justificando
que são necessárias, que a escola não pode apenas divulgar dados sem
analisá-los, sem propor estratégias para alcançar as metas propostas, sem
assumir compromissos.
A Professora Vera Medalha argumentou que nunca
houve reclamação, repetiu os argumentos da reunião anterior.
Elaine disse que a questão é que o Conselho se viu
na posição de ter de aprovar o Relatório de Gestão. Ou fazemos as ressalvas ou
votaremos contra. Disse que foi uma excelente ideia a do Conselheiro Rafael,
mas isso será feito a partir de 2015 e não há mais como fazermos os dois para
este ano. Enquanto conselheiros temos que manifestar nosso estudo, nosso olhar.
Não estamos aqui para emperrar as coisas, mas se não podemos colocar no Relatório
o que queremos... As instituições têm também autonomia para elegerem o que querem colocar no Relatório de Gestão.
Queremos um que tenha nossa cara. Queremos resolver este problema. O que pode
prejudicar o Colégio é o Conselho não homologar o Relatório. Temos que deixar
claramente marcada nossa posição. Nossos nomes estão lá, com nossos dados.
A conselheira Luciana disse que é técnica em
contabilidade, é arquivista e lida com informação. Não sabe lavar roupa. N a
questão do jubilados, perguntou o que a
escola está fazendo para acabar com a jubilação. Disse que gostaria de incluir o perfil sócio-econômico dos
estudantes, (...), informações sobre os contratos de prestação de serviços
(porque foram esses).
O conselheiro Miguel declarou querer concordar em
parte com a fala da Conselheira Luciana, explicitando o número de docentes fora
de turma. Não existe na legislação a chefia de departamento e precisamos incluir
na legislação para a escola.
O Reitor disse que há uma comissão em Brasilia para
argumentar que a relação professor-aluno é padrasta. Disse que nossa relação é
um para 18, porque usou uma estratégia diferente.
Votamos e aprovamos todas as ressalvas apresentadas
por mim e Elaine, exceto a quinta.
A conselheira Luciana escreveu e aprovamos suas
propostas de ressalvas: incluir os dados referentes a alunos jubilados, assistência
ao estudante e perfil sócio-econômico dos estudantes.
Elaine lembrou que há duas resoluções a serem elaboradas
pela secretaria: uma sobre a suspensão do calendário e outra sobre a aprovação
com ressalvas do Relatório de Gestão.
O Reitor encerrou a reunião.
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