Às
10h40min iniciou-se a 30ª reunião extraordinária do Conselho Superior, tendo
como ponto de pauta único a revisão do Estatuto. Contou com a presença de
Marcelo Rocha, Elizabeth Dutra, Leonardo Brito, Luiz Meirno, Mônica Lucena,
Luciana Zanetti, William Carvalho, José Dias, Antônio Lopes, Flávio Balod, José
Mauro, Miguel Villardi, Maria Fátima, Elaine Barbosa, a minha e a do Reitor.
O
reitor Oscar propôs a discussão da metodologia de trabalho e William sugeriu tomar
por base para análise a minuta elaborada pelo GT. Sugeri que partíssemos do
atual Estatuto, apresentando a proposta de modificação do GT e discutindo
outras possíveis, apresentadas pelos conselheiros.
Oscar interrompeu para dar posse à
Conselheira Luciana Zanetti como titular, no lugar de Marcelo Pacheco Soares,
que pediu desligamento.
Voltando à discussão da metodologia,
William apresentou questão de ordem: retomou a reunião anterior, na qual se
propôs um debate e uma audiência pública, ambos negados pelo CONSUP. O GT do
CONSUP tinha uma minuta para apresentar e, por isso, o debate deveria acontecer
a partir da minuta. Partir do Estatuto, como eu estava propondo, disse ele, seria
ignorar o trabalho feito pelo GT e a decisão anterior do Consup. Fez a
apresentação da proposta do GT: era de uma Estatuinte para discutir com a comunidade
escolar, “mas tem as férias, o tempo, isso tudo iria terminar em junho de 2014.
E aí, se aprovariam alguns itens mais urgentes no CONSUP e depois se faria uma
Estatuinte”(palavras dele)
Solicitei defesa de proposta, já que
William havia feito, e disse que não desconsiderava o trabalho do GT, mas
deveríamos partir da base legal que temos, o Estatuto, e, a partir dele, o GT
proporia modificações e os demais conselheiros também. Se o CONSUP se baseasse
apenas no trabalho do GT, estaria sim desconsiderando o Estatuto e desprestigiando
a representação dos Conselheiros presentes à reunião. Disse, também, que não
fazia parte de minhas intenções, de maneira nenhuma, inviabilizar a atual
gestão, pois há muito que pode e precisa ser feito com a atual estrutura pela
administração. Temos, além disso, muitos pontos a pautar no Consup, dentre eles
o PPP.
Elaine
reafirmou estar longe de querer impedir a gestão do Professor Oscar e o seu agir como é o desejo dos membros de
sua equipe. A proposta de alteração do Estatuto com estatuinte estava ok,
porque aconteceria de uma forma muito mais definitiva. As mudanças não devem
acontecer a cada nova gestão, caso contrário voltaremos ao que tínhamos: várias
leis e se poderia escolher a legislação segundo o interesse. Disse ser
incoerente primeiro fazer modificações e depois a comunidade opinar. A
comunidade aqui representada deverá questionar. Repetiu o dito na reunião anterior:
compete ao conselheiro zelar pelo cumprimento do Estatuto. Disse que as
propostas dos conselheiros não desprestigiam o trabalho do GT e chamou a uma
reflexão: para que tenhamos um Estatuto que de fato represente a comunidade
escolar.
Eu e Elaine defendemos que ou
discutiríamos o Estatuto agora, fazendo todas as modificações necessárias e
desejadas pelos Conselheiros (assumindo a representação, como desejavam alguns)
ou não mexeríamos no documento legal, aguardando as propostas da Estatuinte e
dando o real valor que elas mereceriam.
Marcelo falou que estava se sentindo
desprestigiado com a minha proposta e a de Elaine, porque o GT estava aberto nesses 7 dias para receber
propostas e só recebeu o material da ADCP II e da Mônica, que trouxe algumas
propostas dos responsáveis. Não preciso dizer, mas... claro que as propostas da
ADCPII nos contemplavam (a mim e a Elaine)! Pra que apresentarmos outras, se a
discussão aconteceria e poderíamos nos posicionar? Afinal não é o Conselho
Superior o órgão máximo da Escola?
O presidente do CONSUP reforçou as
palavras do Marcelo, dizendo que era preciso “dar provimento à situação.
Afinal, a escola tem 13 mil alunos, 2000 servidores; por isso fez as
modificações necessárias, e recebeu críticas, mas a escola tem que andar e, por
isso, é legítima a solicitação provisória de modificação (fazendo alusão à
criação de cargos, digo, Pró-Reitoria, à revelia do previsto no Estatuto).
Depois, se pode ter um debate mais amplo. O Reitor terá que ir a Brasilia em
breve e precisa levar alguma coisa. Tem que tratar do banco de professores
equivalentes, tem que mostrar a necessidade do Pedro II, para que seja
liberado.” (palavras do Reitor...)
Foi aprovada a proposta de
metodologia defendida por William, Marcelo e pelo reitor.
Iniciamos a apresentação dos
destaques ao texto do GT.
William (representando o GT) lia o
número do artigo e perguntava imediatamente se havia destaque, sem ler o
conteúdo, fazendo a leitura apenas das propostas de modificação feitas pelo GT.
Tínhamos que cotejar o Estatuto em vigor, com a proposta do GT e a proposta da
ADCPII, que tínhamos em mãos (todos os conselheiros haviam recebido), para
destacarmos ou não, considerando o que seria emergencial.
Ao iniciarmos esta parte do trabalho,
percebemos que as modificações feitas no Estatuto, apresentadas na minuta elaborada
pelo GT (inclusive na numeração dos artigos), dificultaram muito o trabalho dos
Conselheiros que estavam dispostos a participar de um debate qualificado de princípios
e normas presentes num Estatuto. A
partir do meio, ao apontarmos esta questão, William passou a ler e a perguntar
se havia destaque ao artigo x na
minuta, que correspondia ao artigo y
do Estatuto, o que diminuiu muito pouco o prejuízo ao verdadeiro debate.
Diante da adoção de tal metodologia,
fizemos destaques em todos os pontos que estavam contidos na proposta da
ADCPII. Foi uma verdadeira corrida, minha e de Elaine,
para apresentar todos os destaques que desejávamos, mas conseguimos!!! Fizemos
isso, já que foi aprovado que o Consup mexeria no Estatuto em pontos
emergenciais, como queriam o reitor e o GT. Ao final havia destaques apenas
meus, de Elaine, de Flávio Balod (alguns) e de Leonardo (um). Os outros membros
do Conselho não se manifestaram sobre tão importante assunto, durante a reunião.
Ao se dar conta do pouco tempo que restava, William
propôs que selecionássemos os pontos de fatos emergenciais, tamanha a
quantidade de destaques. Disse que parecíamos estar desejando fazer na reunião
a Estatuinte e havia sido aprovado que escolheríamos os pontos emergenciais... Alguns
defenderam que lêssemos o artigo e votássemos se era ou não emergencial, sem
defesa alguma.
Claro que não concordei e defendi que deveria haver
uma defesa contra e outra a favor se o ponto era ou não emergencial.
Uma outra proposta foi apresentada: haveria apenas
a defesa do porquê do ponto ser emergencial e votaríamos se seria ou não, o que
infelizmente foi aprovado.
Como eram muitos os pontos destacados, defendi a
urgência de vários pontos de fato importantes, como a oferta prioritária de Educação Básica pelo
CPII, a participação dos responsáveis nas eleições, a dos estudantes na elaboração
de seu regime disciplinar, a criação dos Conselhos Escolares nos campi (este úlitmo não aprovado como
emergencial).
.
Ao final, eu e Elaine estávamos retirando pontos
que não seriam emergenciais, enquanto o GT(William) , o reitor e Flávio Balod
muitas vezes defendiam a "urgência" da discussão de vários pontos e
já começavam a discussão... atrasando os trabalhos e modificando o aprovado
como metodologia.
Conclusão: não houve tempo para iniciar a
discussão! Apenas levantamos os pontos emergenciais, que encaminho em breve,
logo que a Secretaria da Reitoria repassar aos Conselheiros.
Pasmem:
perto do fim da reunião William disse que não defendeu Estatuinte, porque caso
contrário teríamos que fazer novas eleições para o Consup, já que é ele que tem
a atribuição de modificar o Estatuto, com o que o Reitor concordou...
Na mesma hora eu e Elaine dissemos que não havia
sido isso o proposto pelo GT (mexer no estatuto e realizar estatuinte num prazo
de 6 meses) e o votado. Ficou claro, para todos o que acontecia... Houve
um clima de constrangimento na reunião, com algumas pessoas que não conseguiam
nem nos encarar... Disse que não admitia isso e que solicitaria o acesso ao
áudio da reunião e assim o farei para fazer valer o aprovado na Plenária do
Conselho!
Todos os
demais Conselheiros calaram . Por que será???
Foi marcada uma reunião no dia 18 para discutir os
pontos aprovados como emergenciais... Lamentável reunião, concluída às 14h!
Neila Monteiro
Espindola
Cara Neila,
ResponderExcluirAcho que meu Tico e Teco não acordaram bem e eu não consegui entender bem o que aconteceu no final. Gosto sempre de ouvir seus relatos e os da Elaine pessoalmente, até porque é difícil entender as "metodologias" usadas nesses momentos...Vou tentar entrar em contato com você antes e estar presente na sessão do Consup na quarta. Também gostaria de assistir à reunião do CONEPE na terça. Será que é possível?
Teresa,
ResponderExcluirO mais grave, na minha avaliação, foi a decisão de mexer em apenas alguns pontos do Estatuto , com uma pressa desnecessária, e a aprovação de uma proposta, que depois foi negada pelo próprio autor, contra o que apenas alguns se manifestaram.
Neila e Teresa, também não entendi direito, mas percebo que foi feito com pressa e isso é lamentável. Vocês podem me dizer o horário da reunião do dia 18?
ResponderExcluirObrigada pelo relato, Neila.
(Marise, Humaitá)
Marise,
ExcluirHaverá uma reunião às 14h, para discutir calendário e outra às 14h30min, para discutir as mudanças no Estatuto.